Desde a assinatura com a Andrade Gutierrez, em 19 de março, o cenário mudou completamente no Beira-Rio, visando a Copa do Mundo de 2014. Com um número crescente de operários, o estádio cada vez mais se transforma em canteiro de obras. Além da diminuição na capacidade para a torcida, o reflexo do trabalho começa a transbordar para dentro e fora de campo.
Durante o treino da tarde de terça-feira, o barulho da escavadeira na arquibancada inferior, nos quadrantes 1 e 4, era estridente. Por momentos, o pó se espalhava pelo gramado. Por causa das obras, a sala de imprensa ficou sem luz elétrica e a entrevista coletiva de D’Alessandro teve de ser realizada na saída do vestiário profissional.
O prédio provisório para as cabines de imprensa, instalado no lugar que anteriormente era destinado à casamata da equipe visitante, será inaugurado nesta quarta-feira no jogo do Inter contra São Paulo. A partir de um pedido das transmissoras de TV, as cabines sofreram uma readaptação. Nada que atrapalhe o trabalho da imprensa, de acordo com o presidente Giovanni Luigi.
- O Inter cumpriu rigorosamente o que foi combinado. Um técnico pediu algumas alterações e esses ajustes foram feitos. Trabalhamos no final de semana e essas alterações foram concluídas - explicou, em entrevista a Rádio Gaúcha.
Luigi pede compreensão com o período difícil. De acordo com o dirigente, as condições de trabalho irão melhorar no momento em que os treinamentos se transfiram para o Parque Gigante – o que deve ocorrer em 10 dias.
- O importante é que todos saibam que estamos passando por um processo de obras. É necessário ter um pouco de compreensão. Em alguns dias, estaremos sem luz e com muito barulho. Teremos as condições necessárias para as partidas, acrescentou.
Área interditada
Um novo problema para o presidente Giovanni Luigi. Parte das obras do Beira-Rio foi interditada pela Superintendência Regional do Trabalho por considerar “risco” aos operários. Localizada no anel superior, a interrupção ocorreu desde 25 de abril.
O chefe da Seção de Segurança e Saúde no Trabalho (SEGUR), Marco Antônio Balejo Canto , da SRTE/RS, explicou que o local crítico foi interditado por causa de uma betoneira - máquina que faz argamassa, com cimento, areia e brita.
- Eles estavam fazendo demolição na superior, andando na superior, que é um local bem pequeno. Por isso, mandamos parar com o serviço ali. A obra toda continua sendo feita. Eles mandaram documentos para analisarmos.
No entanto, Marco Antônio deixou claro que a obra não foi embargada. Ele acredita que a interrupção não afetará o ritmo das obras.
- Mandamos parar é diferente de embargar. Não é um trecho relevante para a obra. Não é a prioridade do Beira-Rio. Estamos esperando que a Andrade Gutierrez nos entreguem os documentos. A ultima vez q tivemos um contato com eles foi no dia 23 de maio, sobre um pedido para liberar aquele trecho. Aquela área pode ficar sem prejuízo nenhum. Nós vamos neste mês de junho fazer outra auditoria para ver o andamento da obra – explicou.
ASSISTA A PARTIDA DE Internacional x São Paulo pelo blog do JDO!
Fonte: Globo Esporte
